6 gatilhos para a felicidade

Olá, pessoal!

Gatilho: Voando para a felicidade

       Tudo na vida requer um certo esforço, um tanto de trabalho, mesmo as situações mais prazerosas, como o preparo de uma festa ou de uma viagem. 
       A verdade é que as coisas para acontecerem necessitam de certas atitudes planejadas e executadas  do modo certo.

       Com a felicidade é assim. Ainda que ela não possa ser alcançada diretamente e seja a consequência de outras coisas que conquistamos. Um subproduto.
       Sendo algo que só se atinge indiretamente, precisamos saber como proceder e o que podemos fazer para atingir o mais rapidamente possível essa que é a mais definitiva das nossas metas.
      Talvez você já esteja no caminho e só precise afiar a sua estratégia para otimizar e acelerar o processo. Atitudes, intenções e comportamentos adequados tornam tudo mais fácil (ou no mínimo menos difícil), o que anima qualquer um a ir em frente.

       Como de costume, vamos refletir sobre formas de ser feliz mais rápido, mas, para não soar chato, disfarçamos isso em 6 gatilhos para a felicidade.
       
       Você dirá se elas serão úteis:
       

1 - Ponha um "por quê" para tudo o que você faz

       Por que você faz tudo o que você faz? Por que eu quero fazer isso e não aquilo? Você sabe por que está fazendo o que faz? Quais as suas razões pessoais para agir? 
       Se você não souber, acabará agindo pelas razões erradas, como agradar aos outros ou para compensar as suas inadequações: insegurança, autoafirmação, competição, etc. Pura reação inútil.

Gatilho: Por que fazer isso mesmo?

       Como diria o falecido psicólogo John Powell, devemos ser agentes e não reagentes.  
       
       Você precisa fazer algo porque aquilo lhe deixa feliz ou melhora sua vida. Nunca para corresponder às exigências do mundo.  

       Nenhuma ação deve ser tomada simplesmente para favorecer os outros. Como também elas não devem ser tomadas pelos motivos errados citados acima.

       Quando você sabe qual o propósito das suas ações, você escolhe melhor quais, como e quando tomá-las. Assim se evitará a perda de tempo e os resultados serão mais eficazes.

       Você age por impulso? Em busca de puro prazer? Se o que fazemos só nos deixa felizes momentaneamente, algo está se perdendo. 
       Prazer é bom mas é preciso ter um porquê por trás de todos eles, para que gerem felicidade.

        Que tal crescimento e contribuição, como nos sugere o blogueiro de desenvolvimento pessoal, Mark Manson? 

       Crescimento será tudo aquilo que as suas atitudes trarão para torná-lo melhor como pessoa. 

       Contribuição é o que resultará dessas atitudes e que poderão ajudar outras pessoas.

       Da próxima vez que for tentar qualquer coisa, pense: 

"No que isso me ajudará a crescer ou contribuir de algum modo com o ambiente?"

      Você agora tem um porquê. Suas coisas doravante terão muito mais sentido e valor. 


>> Você já leu: Autoconhecimento

2 - Decida-se de verdade

       Você já sabe porque vai fazer alguma coisa, muito bem.             
       Mas, será que você está realmente decidido?

       Não tem nada a ver com força de vontade. É o que nos ensina o psicólogo Benjamin P. Hardy. 

       A decisão só é genuína quando você:

•  já sabe o que quer, porque isso evita conflito interior. 
• você já criou condições exteriores para alcançar o seu objetivo, porque tendemos a nos deixar influenciar pelo ambiente. 

       Veja o que ele diz sobre isso:

Não interessa tanto a sua resolução interior, você não vai mudar a sua vida se não alterar o seu ambiente. É aqui que a força de vontade fracassa. Ela não se concentra na mudança do ambiente, mas no aumento dos esforços pessoais para se sobrepor a esse ambiente. E o que acontece? Você acaba sucumbindo a ele, apesar de todo o seu esforço para resistir.

Gatilho: A hora é agora!

       E todos não sabemos intuitivamente que a maioria das coisas forçadas não são naturais? 

       É claro que nem tudo será possível você realizar, por mais determinado que você se sinta e o ambiente esteja configurado para tal - e os livros de autoajuda perdem pontos a médio e longos prazos exatamente aqui!

       Mas, qualquer coisa que você venha a alcançar sempre terá dependido desses dois fatores: uma forte decisão interna e um ambiente estimulante.


Nosso livro: Crescer e Transcender - Os benefícios do Autoconhecimento e as Características da Mentalidade Expansiva

3- Parta da sua realidade 

       A sua realidade é tudo o que você tem. E qualquer mudança começa....bem aí onde você está! 
       Claro, se ver como outra pessoa, em outro lugar, vivendo outra vida, pode até lhe inspirar, mas ao mesmo tempo que é uma forma natural de projetar o seu futuro ideal, isso pode lhe distrair.
       
       O problema na hora de mudar é que tendemos a achar que precisam haver "circunstâncias especiais" que nos levem a agir. Negamos a realidade sobre e na qual podemos fazer alguma coisa. 

       "Ah, se ao menos as coisas fossem diferentes..." 

Gatilho: Essa é a sua realidade!

       Veja que curioso: você espera que a situação mude para você agir. 
       Mas se a situação mudasse por si só, você não teria mais que agir, não é mesmo? 

       Logo, a não tomada de atitude é uma forma de procrastinação (já falamos disso aqui)  
       Ora, se é a realidade em que vivemos que nos incomoda, é justamente sobre essa realidade que devemos atuar para mudá-la! 

       A sua realidade é a "circunstância especial" que precisa ser mudada!
                    
       Por isso, ficar esperando uma situação diferente é só um subterfúgio mais ou menos convincente que inventamos para não fazer nada. 

        A realidade horrível que vivemos sempre nos parece intransponível e imutável. 
       Mas ela tem lá seus pontos fracos, suas zonas maleáveis, alteráveis. É por essas partes que você tem de começar. 

       Você já ouviu muita coisa sobre viver o momento presente. 

       Pois é. Ao invés de desperdiçar os seus pensamentos lembrando do passado ou antecipando o futuro, que tal começar a agir no momento presente?  

       Fique ciente de que tudo o que você tem de fato é o aqui e o agora, tanto para lhe entristecer, como para tomar uma atitude. 

      Portanto, olhe para a sua situação, reconheça-a e aja. 

4 - Conheça os seus recursos

       Mas claro que há ações que são mais adequadas do que outras. Saber do que realmente somos capazes é o segredo de tudo.

       Sem noção das nossas condições, viramos, como diria o filósofo Mario Sérgio Cortella "incompetentes com iniciativa", e nada pode ser pior do que um idiota motivado. 

       Você se empolga, mete os pés pelas mãos, se arrebenta e acaba se convencendo que nunca deveria ter agido, que não nasceu para aquilo e se recolhe na "boa" e velha zona de conforto.

       Sucesso, realizações e aquisições pessoais, não dependem só de empenho. Não estejam lá os recursos adequados e indispensáveis e seus objetivos não passarão de sonhos vazios. 
       
       Recursos, condições e meios são formados pelo conjunto de elementos internos e externos que nos capacitam e possibilitam atingir alguma coisa: 

• talentos e qualidades pessoais
• ambiente e circunstâncias adequados
• pessoas favoráveis
• meios e recursos materiais

     
       Não ache, não imagine, não arrisque o que quer que seja, sem saber quais as suas reais condições. 
       Conheça o máximo possível as suas possibilidades antes de mais nada. 

       Coloquemos de modo prático:

       Você está a fim daquela moça/moço? Veja se corresponde ao perfil de homem/mulher que ela/e busca, se aproximando e conhecendo a pessoa. Para quê sofrer com exageros e projeções depois? 

       Aquele intercâmbio. Está certo de todas as condições que serão necessárias para morar em outro país e do ambiente que vai encontrar por lá? 

        Sabendo de fato quais são as suas "ferramentas", sejam essas emocionais, materiais, sociais, etc., as suas chances de sucesso serão maiores - ainda que não garantidas, como tudo na vida.

       Se quer abrir um negócio, dinheiro é muito importante. Mas e o planejamento, a estratégia de marketing, o estudo do mercado? É por falta desses detalhes que muita gente quebra em menos de um ano nas suas aventuras empreendedoras, nos dizem os especialistas.

       As vezes há muitos "prós" para se começar alguma coisa, fundar uma empresa ou assumir uma relação, mas fechamos os olhos para os terríveis "contras" que vão fazer tudo vir abaixo rapidinho.  

Gatilho: acione os seus recursos

       Obviamente que qualquer dos elementos elencados acima, por si só, não determina nada. Tomemos como referência os talentos e qualidades em relação aos outros.

       Se o ambiente não é adequado, mas é aquele tipo de lugar que não apenas não vê como enterra os seus talentos, você não cresce, não se destaca e sufoca.  

       Pessoas não favoráveis ou cujas preferências forem diferentes das suas, também é um fator determinante que pode obstaculizar qualquer desenvolvimento.

       E quando você tem talentos perfeitos, situação adequada e pessoas favoráveis, mas os recursos materiais estão ausentes para pagar aquele curso, especialização ou viagem? Pronto, tudo foi por água abaixo.
     
       Perceba: nem tudo depende só de você e do seu talento, não importa o que o mundo lhe diga. Isso é algo que todos precisamos reconhecer para evitar muita dor inútil.

>>>Leia também: Autoconhecimento (série em 5 posts)

5- Comprometa-se com você

       Felicidade é uma questão individual. Isso quer dizer que tem a ver com seus sonhos. Portanto, se prepare para se dar mais atenção. 

       Comprometer-se com você significa deixar as pessoas cientes de quais são as suas necessidades e prioridades.         Significa que haverá momentos, situações, espaços e áreas inegociáveis na sua vida. 
    
       Se isso não ficar bem claro para as pessoas, elas vão se aproveitar de você. 
       Seres humanos são predadores por natureza.

       Quer ser mais feliz? 
       Preciso lhe dizer: não siga a maioria e continue lendo. 
       (Ou você quer ser como todo mundo? Então, pare de ler esse tópico, saia desse blog e não volte nunca mais).
       
       Viver em grupo tem as suas vantagens, visto que não somos autossuficientes. Os outros tornam muitas coisas mais fáceis e muitas dificuldades são melhor superadas com a ajuda de mais pessoas.

       Como todos estão numa constante disputa por atenção, vantagem, poder e afirmação pessoal, claro que a convivência entre humanos não é tranquila. Esse jogo é muitas vezes inconsciente mas bem real.

       A vida em grupo é exigente: se você começar a externar seus desejos e esses não refletirem a ideia comum dominante, você sofrerá represálias. 
       A mensagem subliminar é a seguinte: ou você se encaixa ou está fora. 

       Seres humanos odeiam o que não entendem. Portanto, se perceber que está sem apoio para realizar os seus projetos, não force. Apenas se defenda e se afaste. 

       E preciso que você tenha um forte senso de compromisso com você mesmo, para continuar em frente. 

Gatilho: respeite as suas prioridades

       Nesses momentos cruciais, você só deve dar atenção à opinião das pessoas que querem e podem ajudá-lo. Mas nem todo mundo que quer lhe ajudar, pode, de fato, fazê-lo. Podem ser apenas pessoas bem intencionadas.
       
       Além do mais, as pessoas mudam. E por mil razões. 

       Se melhorarem de vida, elas mudam. Se arrumarem outros interesses, elas mudam. Se você não disser sempre sim, elas mudam. 

       Tenho certeza que nesse momento você está lembrando de várias situações assim na sua vida...

       Pense em todas as vezes em que você esteve muito mal, doente, perdido ou frustrado. 

       Quem estava lá com você, apoiando, procurando compreender em toda a sua profundidade a situação e superá-la o mais rapidamente possível? 

       Era você, não era? Pois é. 

       Seja em qual for a situação, seja o seu melhor apoiador e amigo. 

       Todo o aparato social que por algum acaso você hoje possa ter à sua volta, na hora "H", vai falhar. E você só terá você. 

       Portanto, assuma-se, e para todos os efeitos e em última instância, comprometa-se com você.

6 -  Cuidado com a "resiliência"

       O termo foi colocado aí de propósito. As pessoas, para não tomarem atitude, arrumam conceitos pomposos e bonitos para disfarçarem a sua preguiça, procrastinação e falta de atitude. 

       Mas o que é de fato resiliência é e o que não é? Pesquisando por aí para falar desse tema, me deparei com essa ideia, num blog de consultoria jurídica:

       A adaptação às durezas da vida, ao inesperado é algo realmente incrível, mas resiliência não é conformismo.

       De forma simples, temos a definição e ao mesmo tempo a resiliência já se diferencia do conformismo. E como se vê, está se tornando uma preocupação em várias áreas das interações humanas não confundir os dois conceitos. 

       É verdade, ser resiliente, isto é, ter a habilidade de lidar, processar e se recuperar diante das dificuldades e desafios é fundamental. Só que nem todo comportamento tranquilo e ponderado diante das adversidades se configura como resiliência.

       Digamos que você tentou algo e não conseguiu. Está abatido, tentando se reerguer, à medida que reflete e aprende com a queda, para tentar de novo de modo mais inteligente. Você é um resiliente. 

       Mas se só está jogado lá, lamentando o fracasso, sem querer se mexer, você é só um acomodado. 
       Há pessoas apenas se conformando, esperando, adiando, e de resiliência isso não tem nada.

Gatilho: cair, reformar e continuar

       Da próxima vez que você achar que está sendo apenas resiliente, se pergunte se você não pode mesmo fazer nada, se está ainda no "modo recuperação".        
       Veja também o quanto disso ali não é preguiça ou falta de autoestima, medo da opinião alheia, etc. 
       Só depois de passada nesses filtros a sua atitude poderia ser chamada de resiliência. 
       É claro que há casos e casos, como pontua a psicóloga organizacional Nicole Lipkin:

Muitos estudos mostram que o principal fator é ter relações carinhosas e de apoio, dentro e fora de casa, relacionamentos que criam amor e confiança, que forneçam figuras modelos e oferecem incentivo e segurança, ajudam a aumentar a capacidade de resiliência de uma pessoa.

        Se esse não tiver sido o seu caso, é aconselhável procurar ajuda profissional, pois sozinho não será fácil sair da sua situação de apatia ou dificuldade.

       Como eu li por aí: "Resiliência é sobre quão rápido você recarrega e não sobre quanto tempo você aguenta".


Até mais!


Nosso livro: Crescer e Transcender - Os benefícios do Autoconhecimento e as Características da Mentalidade Expansiva


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